segunda-feira, 25 de maio de 2009


A famosa historia da primeira vez


Marília Gabriela na entrevista com Jô Soares exibida semana passada na tv, fez a seguinte pergunta: Jô quando foi a primeira vez que você iniciou nesse meio showbiz? Porque deve ter um começo, certo? Marília, interessada em colocar pelo avesso para o telespectador de como essa figura que hoje é ator, diretor, diretor, escritor e muitas outras coisas se tornou um dos artistas brasileiros mais inteligentes e emblemáticos da televisão brasileira, fez uma pergunta certeira e rápida.

É engraçado ouvir uma pergunta simples dessa e perceber que se torna mais interessante simplesmente pelo fato de que podemos parar um pouco e perceber quando e como as primeiras vezes das coisas que acontecem em nossas vidas acabam gerando grandes mudanças.

Então, hoje eu estava lembrando de algumas primeiras vezes....

Da primeira vez em que participei de uma entrevista de emprego

E por que não dizer também da minha primeira vez desempregado?

Tem também a primeira vez o meu primeiro vestibular

A primeira vez que vi meu nome em uma lista de aprovados

Do meu primeiro beijo

Meu primeiro namoro

A primeira vez que eu disse eu te amo e isso realmente fez sentido

A primeira vez que acordei com um beijo de alguém que eu tinha passado a noite

Da primeira vez que fiz sexo

Ah, e da minha primeira vez com mais duas pessoas!

A primeira vez que fui ao motel

A primeira vez que experimentei um baseado

A primeira vez que tive que enfrentar a perda de alguém da família

A primeira vez do porre

A primeira vez que participei de um casting

A primeira vez que isso gerou um trabalho como modelo

Da primeira vez que fiz terapia

A primeira vez em um blind date

Da primeira vez que saí do país

Da primeira viagem de avião

A primeira vez que gastei todo o meu salário em roupas

A primeira viagem de carro com amigos

A primeira vez no maracanã

A primeira vez que dirigi um carro

E a primeira vez que me vi em uma batida de carro.

A primeira festa surpresa que tive

A primeira festa surpresa que fiz

A primeira vez que criei um blog

E a primeira vez que escrevi no blog pela primeira vez.

Mas sabe de uma coisa: senti que ainda vou escrever ou falar sobre minhas primeiras vezes ainda por muito tempo. Daí, a lista vai aumentar, eu sei...Mas a vida é assim mesmo sempre teremos primeiras vezes, basta nos permitir que aconteça. Então, o que posso resumir disso tudo é um dica: se permita, principalmente se isso for a primeira vez!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

We live in Públic


A imagem de uma câmera em um serviço de lavanderia era em preto e branco e mostrava um cara de um pouco mais de 30 anos tirando sua roupa e as depositando devidamente na máquina de lavar. Completamente pelado, ficou aguardando as roupas ficarem prontas.

Mas com que propósito? Bem, em Sundance isso poderia ter sido uma das cenas do documentário vencedor do Festival neste ano, entitulado “We live in Públic” no qual 100 pessoas (ou cientistas, como dizem alguns) participaram de um experimento em que gravariam tudo que fizessem, sem excluirem absolutamente nada, como as horas do sexo, por exemplo.

A proposta desse documentário é mostrar como é essa vontade louca das pessoas se exibirem ainda mais a cada dia e retratar com perplexidade a vida de pessoas dentro desse bunker em Nova York que acabou sendo fechado pela polícia 30 dias depois do início da experiência. Mas não desanimado o autor da obra de nome Josh Harris continuou em sua casa chegando a transmitir sua vida com sua namorada pela internet.

Pelo visto o documentário é o big brother sem prova do líder ou outras situações que esse jogo da TV se propôs. Contudo, o interesse de Harris, na verdade, foi tentar provar como a internet nos faria abdicar da privacidade e do anonimato pela simples vontade de reconhecimento. Pensando bem, pois não é que ele tem razão?

Interessante, visto desse ponto, não? O que torna realmente um prato cheio para uma longa discussão e mais do que certeira a essa caracterização exibicionista de nossa sociedade no início desse novo milênio. É fato também que nem todos têm essa vontade de se exibir de forma tão exarcerbada, mas no fundo no fundo acabam no rol de interessados em exposição aparecendo por meio de Orkuts, Facebooks, Blogs, vídeos no Youtube e mais recentemente Twiter, exatamente porque o colega do lado já está e não se pode ficar de fora.

Pensando nisso, lembrei agora do finado Andy Warhol, célebre pintor e cineasta estadunidense e dono da afirmação em que dizia que no futuro todo mundo teria seus 15 minutos de fama. Pois é, acho que ele agora já deve estar revirando no seu túmulo e soltando um: “I told you!”


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Wolverine

Foi longa a espera mas valeu a pena também ficar seis minutos assistindo TODOS os créditos do filme subirem até surgir a cena final de Wolverine: Origem. Pouca gente soube ou sabe, mas a cena final é o início de outra história e para quem perdeu sugiro , quem sabe, procurar no youtube para saber do estou falando, já que minha intenção não é estragar a surpresa para muitos.

É um filme quase sensacional se não fosse a grande dose light que permeia toda a história, digo isto porque Wolverine é conhecido pela sua personalidade mau humorada, ácida e agressiva. O filme meio que domestica essa fera dos quadrinhos em que não media esforços para matar quem estivesse em sua frente só porque estava chateado. Então ficou a idéia de ser um grande filme para uma sessão da tarde.

Boa parte dos elementos que criam o Wolverine é explicada, incluída a jaqueta com detalhes amarelos que se torna o grande uniforme do anti-herói. O que não colou, pelo menos para mim, foi a dose de fatos ocorridos para que Logan se tornasse o anti-herói que ele é hoje. Digo anti-herói porque como mencionado, Logan tem em sua essência algo em que tenta conter, seria como uma fera que no fundo no fundo permanece presente mas contida de alguma forma.

Como sou meio impaciente para algumas estréias, confesso que cheguei a ver a versão inacabada e disponível na internet e me permitiu comparar quais foram realmente as alterações ocorridas para a tela grande na qual Hugh Jackman protagonista e produtor do filme afirmou que teria ocorrido, conforme entrevista a Folha de São Paulo semana passada. Contrariando o que Mr. Jackman afirmou, a resposta seria: NENHUMA. A única diferença está no aprimoramento dos efeitos especiais que deixam qualquer cinéfilo realmente surpreso. No entanto, é bom lembrar que ver um filme como esse é mais sensacional no cinema.

Por fim, Wolverine Origens traz à tona de um mundo cheio de mutantes em que tudo é possível e sem necessariamente existir uma explicação racional de como e porque determinado personagem possui certo tipo de poder. O que se pode elogiar são os elementos mostrados, ou seja, a originalidade dos poderes de cada mutante de forma eficiente e genial. Nisto, o filme consegue sem dúvida nenhuma!