quarta-feira, 29 de outubro de 2008


TINA "PALIN"?






Nessa imensidão de crise financeira sem fim, impossível deixar passar o que tem se tornado aquilo que seria um trunfo para a campanha republicana de escolha à presidência dos EUA e hoje virou a paródia da vez: Sarah Pailin.

Mas não é dela que quero falar, quem está concentrando todas as atenções na tv tem sido outra mulher com um humor apurado e grandes semelhanças físicas com Sarah, seu nome: Tina Fey. Ah, já descobriu quem é quem aí na foto acima?

Com sua incrível imitação de Sarah no programa Saturday Night live (SNL), ela se tornou hoje a mulher do momento no show bizz porque também recentemente recebeu o Emmy por melhor atriz comédia na série que eu teimo em não perder meu tempo, "30 rock". Em compensação não perco suas apresentações no SNL onde deixa muito claro que as reproduções de Barack Obama e John McCain feitas por outros atores acabam se torndo toscas.

Quando Tina aparece no programa com o cabelo preso, as orelhas de abano à amostra e aquele tipo de roupa típico de mulher de negócios norte-americana, é um prato cheio para o riso sem fim. E não pára por aí, ainda tem o sotaque de interior e o seu despreparo como candidata à presidência. O mais engraçado de tudo mesmo é perceber que Sarah Palin é uma piada pronta!

Diferentemente do nosso país, em que a legislação eleitoral não permite satirizar candidatos, os EUA fazem isso com toda afinação possivel, a todo momento, em todos os programas e, assim, permite começar uma outra paródia, rirem de si mesmos!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008


Pelo menos só foi "A Quatro"





Depois de dar bobeira e não comprar antecipado os ingressos para assitir uma peça na sala Martins Pena, eu e um amigo saimos correndo em busca de outra e aterrisamos direto no Teatro Goldoni da Casa D’Itália e nos aventuramos com a comédia A Quatro.

Vi o folder bem produzido explicando que a peça se tratava de dois casais com nome de João e Maria e José e Joana. Só que João gostava de Maria que gostava de José que gostava de Joana que gostava dos três. Ufa, pelo menos nao apareceu nessa historia aí outra personagem!

Com muitas referências de soul e jazz, a trilha sonora de A quatro torna-se uma coadjuvante. As personagens a todo instante, do início ao fim, fazem referência a grande cantora Billie Holliday. Mas foi a única coisa que me empolgou para ser sincero.

A peça é bem redondinha, parece até feita para ser televisiva. Com mais de uma hora e trinta minutos de duração, o enredo acaba pesando demais naquilo que poderia ser o trunfo: um humor bem esperto, e se tornado às vezes enfadonho. Falar de relacionamentos não é uma tarefa das mais fáceis ainda mais quando se tenta extrair episódios cômicos porque a tendência é sair tudo muito caricato, aí realmente perde a graça. Isto porque após a troca de casal e a experimentação lésbica pelo qual passam as personagens a história tende a ir pra um final muito bem previsível.

De resto, os atores, o cenário e a iluminação e, como eu ja disse, a trilha sonora, estão todos muito bem harmônicos. A peça permanece em cartaz até dia 26 de outubro de quinta a domingo as 21h, sendo que domingo é às 20h. Ah, O teatro Goldoni fica na 208/209 sul.


segunda-feira, 6 de outubro de 2008



uma "mariposa" chamada Marina de La Riva


Quem diz que a música brasileira perdeu o ponto, está na hora de rever urgente seus conceitos e afinar mais os ouvidos. Não é de hoje que comento sobre as novas divas da música popular brasileira e para não deixar a peteca cair aqui vai um pequeno esboço sobre a música de Marina de La Riva.

Na verdade, não sei se começo a falar sobre sua interpretação de palco ou sua musicalidade. Bem, marina é a boa junção das duas coisas. Para quem não tem noção de quem é a cantora, aqui vão informações preciosas.

O trabalho da cantora volta-se para raízes cubanas, aproveitando a influência vinda de seu pai. Tanto é que boa parte do cd é em espanhol o que dá um gostinho latino pouco explorado por cantores brasileiros. Quando ouvi a primeira música uma boa impressão veio de imediato, com uma introdução apurada de percussão e uma voz calma e porque não dizer, grande, o ritmo latino vai embalando até chegar a um refrão em português “ela só quer, só pensa em namorar”. Daí em diante o cd foi paixão mais que à primeira vista.

Não seria demasiado afirmar que qualquer faixa do cd poderia ser vista traduzida em imagens cinematográficas e, porque não, também na trilha sonora de quando recebemos amigos em casa num jantar para um bom bate papo.

O trabalho de Marina já foi muito bem premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte, além, é claro, de receber vários elogios da imprensa brasileira. O que estou fazendo aqui nada mais é do que dividir um pouco dessa novidade em que veio para ficar no cenário nacional (e internacional) porque transmite um trabalho apurado com uma musicalidade estabelecida na rica cultura latina que é a nossa.

Eu geralmente costumo aconselhar os pontos altos do cd, mas neste caso, prefiro não ser tão taxativo, isto porque ele é bem coeso e muito harmônico. Entretanto, posso garantir que do início ao fim seu sangue latino poderá mostrar-se muito mais vivo do que imagina.

Curiosidades

A princípio, o CD contaria somente com músicas cubanas. No entanto, ao chegar em Cuba, a brasilidade falou mais alto e Marina optou por incluir músicas brasileiras no álbum.

Quando ainda criança, em 1981 foi ao show de Frank Sinatra em São Paulo. Logo que começou o show, Marina foi se aproximando do palco, até ficar bem pertinho dele. A menina pegou uma orquídea da mesa e ficou segurando e olhando para o cantor até que ele a viu e a chamou para subir ao palco. Emocionada, entregou a flor a Frank Sinatra e em troca ganhou um lenço que guarda até hoje.

A artista era chamada de “Mariposa” pela família (que significa borboleta, em espanhol). O cd recebeu uma faixa homônima.

Conheça mais sobre a cantora em: http://www.marinadelariva.com.br