quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009


Slumdog Milionaire vence o Oscar de melhor Filme!



Ok, você não está numa ilha nem tampouco está participando de uma experiência de viagem ao tempo como em Lost que recentemente iniciou sua penúltima temporada. Pois bem, o título profético deste post é realmente minha aposta ao melhor filme de 2008 e que será o grande vitorioso na noite de entrega do Oscar no próximo domingo e que eu não poderei acompanhar porque estarei viajando.

Assisti a Slumdog Milionaire, que só tem previsão de estréia no Brasil no início do próximo mês, com uma sensação de que vi uma obra prima pop, inquieta, rápida e como uma história quebra-cabeça. É isso o que tem de realmente especial no filme que desbancará os outros fortes concorrentes como O Curioso Caso de Benjnamim Button, Milk ou até mesmo Frost/Nixon, estes dois últimos com uma temática política.

Se você ainda nem sequer ouviu falar em Slumdog... aqui vai um resumo: Se passa na India e conta a historia de Jamal, um menino de rua, tratado exatamente como um slumdog (cachorro de rua ou favelado) que acaba participando de um programa de tv muito popular nesse país o “Quem quer ser um Milionário”. A medida que o filme vai sendo conduzido e as perguntas sendo feitas a Jamal, a história desse indiano vai sendo apresentada ao espectador. No entanto, no auge do programa ele é acusado de fraude, com a seguinte dúvida: como um favelado, sem instrução pode saber tanto sobre diversos assuntos?

É exatamente aí que o Diretor Danny Boyle( o mesmo de Transporting e A Praia) faz um casamento perfeito com o excelente roteiro adaptado do livro do indiano Vikas Swarup. Com uma imagens rápidas o Diretor vai nos apresentando Jamal, sua vida muito sofrida e que culminará no fatídico dia em que participa do programa de TV apenas com a intenção de que a mulher de sua vida o veja nesse famoso show.

Slumdog é um filme que nos deixa com o sorriso na cara, pode parecer piegas e previsível no final, mas quem disse que não é bom assistir história com final feliz? Mostra uma índia muito similar a versão do Brasil pobre e violento que conhecemos e, de longe, foge logo de cara à idéia religiosa do país logo embalada pela letra do rap/pop de Paper Planes de M.I.A, como lá mesmo se encena: Sometimes I feel sitting on trains, Every stop I get to I'm clocking that game, Everyone's a winner now we're making that fame, Bonafide hustler making my name.

Tradução: "As vezes me sinto sentado em cima de trens, a cada parada que eu chego, eu estou marcando esse jogo. Todos são vencedores agora. Estamos fazendo a fama, um legítimo trapaceiro fazendo-se famoso."


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


O amor e outros desastres


Cheguei ofegante faltando poucos segundos para o banco fechar, e ainda tinha aquela bendita porta giratória que me obriga a esvaziar o bolso que possa conter materiais metálicos. Girei a porta numa velocidade que o guarda me olhou com certa cara de espanto e, após entrar, acabei esbarrando em alguém que tinha parado de costas por alguns instantes e segurava uma pasta cheia de papéis.

Pior que isso foi perceber que essa topada gerou alguns sorrisos de quem estava por perto. Mas não de quem eu esbarrei. Por um segundo achei que iria ouvir algum palavrão o que na verdade não aconteceu. O único palavrão mesmo saiu foi da minha cabeça e foi um “puta que pariu” bem alto, e com um som q eu achei que todos tivessem ouvido.

Enquanto os papéis voavam e outras pessoas permaneciam inertes assistindo a cena. Virei-me para ver em quem eu tinha esbarrado e disse:

- Desculpa! Foi mal...

- Ah, tudo bem...tal resposta saiu tão baixa que quase não consegui ouvir.

Mas no momento em que nos vimos, olho no olho, enquanto ainda eu entregava seus papéis, passou um filme inteiro em minha mente.

Uma situação inusitada e tão corriqueira me despertou uma curiosidade enorme porque essa situação permitiu não só me deixar sem graça por causa desse meu lado estabanado de ser como também era um momento que estava me permitindo conhecer alguém novo. Alguém que entraria na minha historia de vida por causa de uma grande esbarrada. Seria esta a grande sacada da vida?

Era o momento para saber seu nome? Era o momento certo para um convite para um cafezinho? Era a pessoa certa no instante incerto?

- Pega o telefone! Pega o telefone!

- hã? – pensei comigo mesmo.

- Nãoooo...pergunta o nome primeiro!

Arghhhh! Estas eram as perguntas que eu mesmo me mandava fazer, mas que vinha tudo desordenado, confuso porque a dose de adrenalina nesta hora era alta e eu não conseguia organizar de forma inteligível.

Resultado: Fiquei parado, olhando, enquanto a outra pessoa organizava seus papéis na pasta e ia saindo. Rodou a porta e foi embora. Eu fiquei olhando até não poder mais enxergá-la diante dos vidros que já nos separavam cheios de propagandas e por se misturar em meio às pessoas que estavam saindo do local.

Dei um suspiro de “perdi”...

Como alguém podia ter mexido tanto comigo, me desconcertado e me feito transbordar de curiosidade para ir mais adiante? Será que a troca de olhares, naquele rápido instante, foram a causa de tamanho interesse? Senti como se a outra parte também tivesse me achado interessante. E por que eu ainda achava que era a pessoa certa?

Ainda fiquei no banco por algumas horas e depois retomei meu dia.

Os dias se passaram, até que num outro dia agitado fui ao encontro de amigos em um bar na cidade. Enquanto o bate papo só aumentava em meio ao burburinho das conversas de outras mesas ao redor um de meus amigos se levantou e foi cumprimentar alguém que acabara de chegar.

Sim, era a mesma pessoa que eu esbarrara no banco há algumas dias. O meu coração saltou, palpitava forte, minhas mãos gelou e meu rosto ficou um pouco vermelho enquanto os dois se aproximavam da mesa.

- Mauro, quero te apresentar....- disse meu amigo enquanto eu me levantava rapidamente da cadeira pra cumprimentar quem chegava.

Sorrimos, apenas isto.

Quem estava na mesa percebeu algo logo de imediato o que me fez imaginar que uma pergunta rondava suas cabeças era: “tem alguma coisa a mais nesses dois”.

A noite melhorou, conversamos por algumas instantes, horas, eu acho. Mas, por mais que eu tivesse percebido interesse mútuo maior era também meu descontentamento em descobrir que todo o interesse que eu mantive desde o fatídico dia no banco ele estava se desmoronando naquele novo momento.

O papo era truncado, as idéias não se complementavam, se distanciavam. Mas continuamos até encontrarmos proximidade em algumas situações de riso o que permitiu diminuir a distância entre nós e sair um beijo meio que reservado.

Depois do beijo, mais alguns dias se passaram e mativemos mais um contato, só que desta vez a sós. Foi um encontro mais íntimo e sozinhos, porém, o suficiente para confirmarmos diferenças que não seriam contornados tão facilmente.

Pois é, a historia parou por aí porque às vezes construímos idéias sobre nós mesmos e de outras pessoas como “ideais”, esquecemos, por menor que seja o instante, das nossas limitações, que possuímos diferenças e que nossa personalidade foi construída pelo que vivemos e que na hora de encontrar o amor para toda a vida isto tem que ser levado em conta.

Sonhar é bom, viver mais ainda. Curtir o momento, então, nem se fala! O que eu aprendi disso tudo foi de continuar sonhando, de me permitir viver esta e outras experiências e, ficar atento a qualquer situação que me torne alguém melhor mesmo que isto gere uma historia de amor e outros desastres.



A grande revelação





Enquanto nao saía o resultado do grammy para artista revelação eu nao desgrudei da tv. Adele, outra inglesa como ocorreu no ano ano passado, minha favorita para essa categoria, venceu! E não apenas em uma, mas faturou também como melhor performance pop feminina por "Chasing Pavements". Essa é a balada mais pop do album, e de longe não é a minha preferida do cd.

Para quem ainda não conhece Adele (lêia-se adél), pode começar a ouvir o "19" que foi lançado em janeiro do ano passado e depois partir para o Adele Live from Soho, lançado recentemente pelo Itunes. É fantástico! Uma voz poderosa que mistura uma leve batida de blues e soul com a pegada pop.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009


Franz Ferdinand e Lily Allen


Enquanto ainda são coroados os grandes nomes da música no próximo domingo no Grammy referente ao ano passado, 2009, no entanto, já começou com dois lançamentos muito interessantes: Franz Ferdinand com o seu Tonight e Lily Allen com It’s not me, It’s you, ambos com uma pitada eletrônica como base.

Para falar do trabalho de Lily acho que seria bom começar logo por palavrão! Porque Fuck you é a música mais sacana de It’s not me, It’s you , cd que será lançado dia 10 próximo. Depois do comentado Alright, Still em 2006 esse novo cd chega com o diferencial eletrônico pop, mas nada de “oh, tudo de bom”. Lilly continua a cantora “bonitinha” com letras descoladas (algumas) e que remetem à idéia de som alternativo.

Mas além de Fuck you, quem ouve, possivelmente deve gostar de "Everyone's At It", "Not Fair” e a baldinha “Him”. Em geral é um álbum interessante, tanto, quanto o anterior de 2006. Se ela inovar nos videoclips, então será sucesso em dobro.

Já Franz Ferdinand que ressurge com o terceiro álbum “Tonight” traz aquela batida oitentista repaginada e com muitos sintetizadores. Ok, não faz idéia qual é o som de "sintetizadores"? Entao, comece ouvir Lúcid Dreams e quando chegar a partir dos quatro minutos e meio da música (a música tem sete bons minutos no total!) outro tipo de som começará a tocar, os ditos sintetizadores tomarão então posse da música e nos embalam por mais bons três minutos. É o chamado electro-pop. O disco está cheio! Então para quem gosta de som alternativo esse cd é um acontecimento!

Tonight continua com o som forte de baixos e os famosos yeah...yeah...que sempre esteve presente nos discos anteriores. Resumindo, se quiser ouvir algo diferente, tenha em mão “tonight” e viva o rock-electro-pop!


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

uma ajuda na hora da sunga

Sair com amigos é sempre uma festa e ser for para fazer compras então aí é que eu me divirto mesmo! E foi entrando numa loja em um shopping da cidade que um amigo me pediu dicas para comprar sunga. Saber qual a sunga do momento, dicas de qual o melhor material, o modelo que está sendo a bola da vez no verão é algo que paira na cabeça de qualquer um.

Antes, queria só lembrar o histórico de como a sunga surgiu. O que se sabe é que nos anos quarenta ela foi popularizada por nadadores quando usavam aquele tipo quadrado e mais largo, como um short. A partir daí, nas décadas de 60 e 70 elas começaram a diminuir, chegando nos anos 80 com uma forma de tanga. Alguém agora começou a lembrar das praias do rio de janeiro, Caetano Veloso, Fernando Gabeira usando aquelas minúsculas sungas de dois dedos nas laterais? Pois é, isso não era muito um consenso na época, na verdade elas eram muito pequenas e confesso que também chamavam muito a atenção. Então na década seguinte, 90, a sunga enlargueceu e virou o famoso sungão.

Agora, com o aprimoramento tecnológico elas também ficaram muito mais confortáveis e hi-tech. Ganharam materiais que diminuem a resistência à água, além de, claro, receber dezenas de estampas, das mais esquisitas também, diga-se de passagem.

O problema que nos assola é a famosa dúvida sobre as cores e estampas. O motivo disso é apenas uma: a variedade! Hoje temos a famosa “tye dye” (foto ao lado) que é um tipo de estampa que dá uma personalidade à sunga. A cor primária da sunga se mistura com uma cor secundária dando um aspecto de um pouco mais de brilho ou intensidade à cor. Um outro tipo que ainda persiste são as florais, só que neste verão elas deram espaço às sungas que possuem detalhes com listras e de duas cores. Outra atenção tem que ser dada é sobre a cor da pele de quem vai usar. Já pensou uma pessoa branca usar sunga branca? Não quero nem imaginar, porque possivelmente seria chamado de “o fantasminha nada camarada”. Então o segredo é, se ainda não estiver com uma cor do verão, comece com cores neutras, um preto, uma cinza ou uma azul, essas podem ajudar logo de primeira! Daí é só ir diminuído a cor de acordo com o seu atual nível de bronzeado. Opa, mas não se empolgue comprando as de cor mais claras se antes não verificar que existe um forro bem reforçado nela! As amarelas, brancas e até mesmo as bege podem deixar qualquer um em situação constrangedora, se bem que tem gente que faz questão de afirmar que isso não é uma situação ruim. Vai entender!


Agora, se sua praia não é sunga porque não está em good shape, então caia direto para as bermudas. Ah, se for baixo e gordo, aproveite aquelas acima do joelho, como a da foto. Outra dica, agora valendo para todos: Nada de usar bermuda que não seja de tactel. As de sarja, jeans ou outros materiais ficam pra depois da praia quando já se conseguiu um encontro no fim da tarde com o (a) futuro (a) pretendente.

E aí, vai ter marca de sungão depois?