segunda-feira, 29 de setembro de 2008


A arte pop
da capital


Estive me perguntando se a arte pop de Brasília fica apenas restrita na arquitetura de Lúcio Costa ou se é produzido algo tão ou mais pulsante que isso. Foi por isso que neste ultimo final de semana ataquei em algumas exposições de arte na cidade. Encontrei boas oportunidades para refrescar a cabeça com criatividade mirabolante, se assim posso dizer.



Primeiro, fui dar uma olhada numa exposição que apresenta fotos e maquetes
de projetos arquitetônicos realizados nos ultimo anos na Alemanha que primam pela diversidade das formas de construção ecologicamente corretas. Ao lado de uma das arquitetas mais competentes e talentosas da cidade (minha irmã :-)) tudo ficou mais claro e bem explicado diante de tanta complexidade, como dá para conferir aí na foto aí.





Depois disso fui no Estúdio de Arte Contemporânea Estágio do Artista em que tinha pinturas, gravuras e fotografias de artistas da cidade. As fotos e as pinturas eram bem interessantes, com bastante uso de espaço e a net. art.



O meu tempo ficou escasso e ainda tinha a possibilidade de visitar mais duas exposições, então o jeito foi deixar para outro dia, já que por aqui sempre teremos boas opções.


Ps: A exposição sobre arquitetura alemã vai até 22 de outubro no Espaço Brasil Telecom - Brasília Alvorada Hotel.


segunda-feira, 22 de setembro de 2008


Na cidade sem meu carro?



A foto aí em cima mostra mais uma segunda-feira na capital. E para comemorar o Governo Federal abraçou à campanha Internacional "Na cidade sem meu carro" comemorado todo dia 22 de setembro. Mas quem realmente pode aderir?

A idéia é muito boa, mas a nossa realidade é outra. Para quem mora em Brasilia isso se torna inviável porque temos distâncias longas, setorizadas e a inexistência de ciclovias. E por falar em ciclovias...o debate vai longe, olha só o que o jornal CorreioBraziliense acabou de publicar:

"A capital da República, concebida com ares de vanguarda, preocupou-se ao longo dos anos apenas com a mobilidade sobre quatro rodas — morador de Brasília é cabeça, tronco e rodas, diz o ditado. Mas aqueles tempos eram outros. E eles mudaram. A cidade inchou. Abraçou 2,3 milhões de habitantes e mais de 1 milhão de carros. Lamentavelmente, dizem os especialistas, as políticas públicas de trânsito e de transporte não evoluíram na mesma velocidade.

Somente a partir do ano passado a necessidade de ciclovias sensibilizou o governo local. Hoje, o DF tem 42km de pistas exclusivas para ciclistas: Jardim Botânico/São Sebastião, Estrada Parque Paranoá (Varjão ou DF-005), Samambaia e Itapoã (veja arte ao lado). Mesmo tendo começado tão tarde — em comparação com outras capitais —, o DF já consegue algum destaque. Os 42km de ciclovias existentes aqui são muito menos do que tem no Rio de Janeiro (140 km de ciclovias) e Curitiba (122km), mas bem mais do que oferecem capitais como São Paulo (23,5km) e Belo Horizonte, com 22km. Em comum? As cinco capitais ainda não conseguiram integrar as ciclovias com o sistema de transporte público."

Mas como bom defensor do meio ambiente aqui vai uma dica: Se você realmente não pode se desfazer de seu carro no dia de hoje, pense entao em reduzir algum outro impacto em que você diretamente causa ao meio ambiente. Reduzir o uso de sacolas plásticas por exemplo pode ser uma delas. o que acha?

Ou será que para isso precisaríamos do dia "Na cidade sem sacolas Plásticas? :-)



sexta-feira, 19 de setembro de 2008

o fiasco do Capital Fashion Week

2º dia

Quando cheguei no primeiro dia do Capital Fashion Week percebi que os quiosques montados na área que dá acesso às salas dos desfiles tinham aspectos inacabados. Ontem, no segundo dia, constatei que não era uma impressão, mas total reflexo da má organização do evento. Senti que eu estava em uma feira com quiosques cheios de poluição visual e o lounge para aguardar a espera de outros desfiles via telão, ou melhor, telinha LCD, mal exibia as imagens da sala porque eram interrompidas constantemente e sequer conseguia exibir uma imagem com cor. Ah, também era melhor assistir essas imagens em pé já que os puffs disponíveis eram meio duvidosos cheio de colagens para aparentar um aspecto reciclável. A idéia era até boa, mas o aspecto era de dar medo!

Como todos sabemos, eventos de moda sempre atrasam, por isso, decidi não chegar na hora do desfile para o qual fui convidado (Colcci - Coleção verão 2008/2009). Quando recebi o convite mencionava o horário de 21h30, cheguei pouco mais de 22h e para meu espanto o desfile previsto para as 20h30 nem tinha começado! As filas se misturavam, não dava pra saber qual era a que eu deveria pegar. Procurei informações de alguém da produção e fui informado que o desfile que antecedia o da Colcci iria começar em dez minutos e teria uma duração aproximada de 40 minutos. Olhei para o relógio e percebi que já eram quase 23h e minha impaciência foi aumentando à medida que via uma fila cheia de adolescentes ávidos por gritos e oba oba quando o desfile realmente começasse.

Realmente insatisfeito fui conhecer melhor os quiosques instalados. Uma ida aqui outra acolá, nada fazia com que melhorassem minhas impressões desse evento que um dia foi concebido com a idéia de mostrar que a Cidade sabe promover moda.

Parei então em frente às telinhas de TV para ver o que estava acontecendo na sala de desfile e entre a alternação da imagem preta e branca e a colorida vi Tony Garrido cantando em cima da passarela enquanto modelos o seguiam indo e voltando, parecendo um bloco carnavalesco. Detalhe: este era o desfile de moda da marca brasiliense Sete mares.

Depois de ver todo esse circo, olhei para o convite que eu tinha em mãos e finalmente decidi retornar para casa, já que também meu dia não tinha sido nada fácil e cheio de correria.

Bem, acho que não preciso mais dizer que hoje e amanhã NÃO irei a esse fiasco que se tornou o capital fashion week, preciso?


quinta-feira, 18 de setembro de 2008


Capital Fashion Week - 1º dia


Correria, agitação, burburinho e desorganização são todos sinônimos da nossa semana de moda aqui em Brasília que tem acontecido desde ontem e se estende ate dia 20 (sábado). Já é o quarto ano que Brasília entrou para a lista de cidades que realizam uma semana de moda e ainda tem muito que aprimorar. Cara e coragem os organizadores tem de sobra, mas organização...

Ontem, no primeiro dia, os desfiles tiveram inicio com mais de uma hora de atraso! Sem falar que mal tinha lugar para troca de roupa dos modelos. Fora isso, como evento puramente comercial mostrou roupas usáveis fugindo de uma idéia conceitual.

Aliás, conceito mesmo foi apresentado apenas pela equipe de novos estilistas que, inclusive, ainda estão na faculdade. Esses merecem todo o destaque do primeiro dia. Não sei se foi porque tinha torcida organizada, mas essa equipe alvoroçou quem estava assistindo, e sem dúvida trouxe um fresh air pros olhos e para a cabeça! Eles inventaram, remodelaram e interagiram mostrando roupas utilitárias. A calça que virava blusa, a blusa que virava casaco sem mangas e por aí vai, foi o auge do desfile.

Ainda no horário nobre, vieram depois os desfiles da marca brasiliense Jukaf, Poko Pano com biquínis e o da marca paulistana TNG.

A TNG trouxe a linda Gianne Albertoni e mostrou uma coleção masculina cheia de listras horizontais na cor azul, vermelho e branco. Com no máximo 20 minutos de apresentação em cada desfile, mas atraso de horas para o seu início, o CPFW encerrou o primeiro dia com a certeza de que a equipe de produção tem que acertar com urgência seus relógios já que ninguém agüenta ficar tanto tempo esperando.


quinta-feira, 11 de setembro de 2008

exercício de cidadania


Acho que a gente sempre tem algo para doar e quem ainda não descobriu o que ou como fazer isso, aqui vai uma boa lista de opções em Brasília.



Aquele computador que você não usa mais:
CDI - Centro de Democratização da Informática. É uma ONG que trabalha com apopulação carente do DF e entorno e que necessitam de doações de equipamentos para continuarem o trabalho.
Marco Ianniruberto - Secretário Executivo do CDI-DF diretoria@cdi-df.org.br
Aldiza - aldiza@esquel.org.br
201 Bloco A Sala 123 Brasília - DF. (61) 3322-7233

Fazer crianças felizes doando bicicletas usadas
Rodas da Paz. Recebe doação de bicicletas novas, usadas, com defeitos ouquebradas. Consertam/Reformam e doam para creches/crianças carentes. As que nãotiverem conserto, eles fazem a tricicleta para deficientes físicos.
thebruce@terra.com.br
www.osteixeiras.com.br
Maurício 8408.8498 ou Andréia 9986.2911 / 3447.4551


Devolver a boa visão apessoas que não podem comprar óculos
Voriques Óptica. Recebe óculos com defeitos ou quebrados. Consertam e doampara idosos e crianças carentes.
Centro Médico de Brasília, SHLS 716 Bloco F loja 16/43
Voriques 3346.6100 ou Marina/Walace 3346.9692 (marketing)
marketing@voriques.com.br
assessoria@voriques.com.br
Pátio Brasil Shopping - Térreo Loja 104W, 3225.8586 / 3223.3496
Centro Comercial Gilberto Salomão - Lago Sul, 3248.6952 / 3364.3616

Melhorar a qualidade devida de centenas de família
100 Dimensão. Recebe eletrodomésticos usados e com pequenos defeitos, restaurame repassam
Sônia ou Ângela 8442.3275 angel01@hotmail.com
QN 16 conj. 5 lote 2 Riacho Fundo II (na entrada)

Ajudar a cuidar de dezenas de crianças que foram abandonadas
Aldeias SOS. Recebe roupas, alimentos, brinquedos,etc
www.aldeiasinfantis.org.br

Fornecer remédios paraquem não pode comprar remédios. Recebe doação de remédios
Quem forneceu os contatos foi a Dra. Neide (HRAN) 3325.4249 neide@linkexpress.com.br

Salvar a vida de muitas pessoas
Doação de Sangue. Locais de coleta:
- Hospital de Base. Endereço: SMHS, Quadra 101, área especial, Brasília. Tel:(61) 325-4050.
- Fundação Hemocentro de Brasília. Endereço: SMHN Quadra 03 - Conjunto A,próximo ao HRAN, no início da Asa Norte. Coordenadora: Dra. Maria de FátimaBrito Portela. Email: pr@fhb.df.gov.br
O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h e aos sábados das7h às 12h. Outras informações pelos telefones 160 e 3327 4424/4410 ou no site www.fhb.df.gov.br

Participar de gurpo que combate a corrupção
Combate à corrupção. Veja no site www.amarribo.org.br

Devolver a boa qualidade de vida auma pessoa
Doação de Órgãos . Disque Saúde - Transplante: 0800 61 1997
http://dtr2001.saude.gov.br/transplantes/hotsite/
http://www.abto.org.br/populacao/populacao.asp
Central de Captação de Órgãos - SMHS-Hospital de Base do DF, mezanino, sala 102(61) 325 5055

Doar livros sobre temasambientais
Associação Amigos do Futuro. Doação de livros, vídeos, revistas,monografias ambientais 3346.0422

Se você é jovem e quer se juntar a outros jovens que estão fazendo algo pelo próximo
ONG Sonhar Acordado. Voluntariado - passe um dia com uma criança carente ou doando roupas, calçados, alimentos, materiais de construção.
Mateus 9963.9639 3468.3769
mateus@sonharacordado.com.br

Doar kimonos usados
Tranquillini. Ele dá aulas de judô para crianças carentes de 7 a 17 anos e recebe kimonosusados.
tel: 3224-7728 . E-mail: tranquillini@abordo.com.br


Seus potes de vidrousados podem ajudar a salvar vidas de muitos bebês (e seu leite também)
Campanha de vidros para armazenar Leite Humano. Berçário do Hosp. Santa Helena:3215.0029
Acima de 30 vidros eles buscam em casa (vidros de maionese, nescafé ou qualqueroutro com tampa de plástico).

Os livros que você nãoquer mais não devem ir para o lixo COPE Espaço Cultural. Compra, vende, troca (novos e usados) livros,bibliotecas, Cd's e RPG
Recebem livros abaixo da 5ª série e doam para escolas públicas.
3274.1017 CLN 409 Bl D lj 19/43 Asa Norte
3201.1017 SIA/Sul Conj. B lojas 418/420 Feira dos Importados
Veja que legal esse site: www.livrolivre.com

Ser voluntários doando roupas, alimentos, nosso tempo e nossas competências paradiversas entidades que trabalham com diversos públicos:
- Movimento Orgulho Autista Brasil:
Diretora de eventos: Mara - avó do Victor, autista, 7 anos - Brasília.
D.F. http://marafg.multiply.com/(2005) http://queridovictor.weblogger.terra.com.br(2004)
- Grêmio Espírita Atualpa Barbosa Lima
SGAS Qd. 610 Conj. - 3443.2000.
Responsável: Lenira Viana
Como:Recebe roupas, alimentos, brinquedos, e realiza trabalhos de assistência e promoção social
- Centro Espírita André Luiz - CEAL
QE 16, Área Especial, Guará I - 3568.8629.
Responsável: Lucival ou Maria Miranda

quarta-feira, 10 de setembro de 2008


o que tem de bom nos cinemas em setembro


De julho a setembro, quando o assunto é cinema, a gente costuma penar um pouco pela falta de opções de bons filmes, isto porque os filmaços geralmente chegam a partir de agora nos cinemas brasileiros embalados pela áurea do Oscar.

Se alguém ainda estiver sem nenhuma idéia do que está sendo exibido de bom nos cinemas, posso garantir aqui que este mês chegou com ótimas opções para não desperdiçar seu precioso tempo na sala de cinema vendo filmes sem noção.


O primeiro que posso comentar é o quase real “Linha de Passe” de Walter Salles. Filmado em São Paulo, o filme fala do nosso tempo atual, de uma realidade pouca retratada e bem distante da exploração árida do nordeste. Conta a história uma família que vive na periferia à sombra da ausência paterna, eles correm em busca da concretização de suas aspirações. O filme fez bonito em Cannes, além de ter sido bem recebido pela crítica ainda levou o prêmio de melhor atriz para a antes quase desconhecida Sandra Corveloni.


Já no eixo internacional, chegou esta semana o tão falado e divertido, Mamma Mia. Esse musical que ficou por anos na Broadway chega meio que divergindo opiniões. Nem todo mundo gosta desse tipo de filme, então é bom ir avisado que é uma história leve e divertida embalada por muitas musicas do ABBA.


E para finalizar, tem o Ensaios sobre a Cegueira ou, Blidness, para quem preferir. Depois de abrir o festival de Cannes deste ano. O nosso Fernando Meirelles percebeu a primeira impressão que o público teve da película e fez modificações para torná-lo mais digerível. Julianne Moore Mark Ruffalo, Alice Braga fizeram um trabalho primoroso em que tentam transmitir a essência do livro. Se conseguiram? Hum...só assistindo pra ver.



sexta-feira, 5 de setembro de 2008


vida de modelo


Cheguei dez minutos antes, como diz o figurino, mas já tinham dezenas de caras esperando para serem entrevistados. A ordem era de chegada, ia sendo entrevistados os candidatos a medida que ia chegando. O que iria acontecer lá dentro eu saberia em minutos.

Enquanto eu esperava ia conferindo quanto tempo os outros candidatos demoravam dentro da sala de fuzilamento (hehehe). Percebi então que aqueles que demoravam mais tinha despertado maior interesse para a equipe que fazia a seleção.

Esta hora eu me perguntava: Será que vou demorar? O que posso fazer pra conseguir a atenção deles? Será que vão gostar do meu material fotográfico? Será que realmente tenho perfil? Acho que aquele outro candidato tem um perfil melhor que o meu, será?

Quinze minutos depois chegou a minha hora de ouvir de frente o que a banca de selecionadores me falariam. A sala tinha uma tela branca voltada para três pessoas sentadas e uma câmera fotográfica com uma lente enorme. Parei em frente a tela, sorri, cumprimentei a todos e logo fui informado qual campanha seria realizada e em seguida me perguntaram sobre os trabalhos que eu tinha feito. Fui perguntado também o que gosto de fazer e pediram para resumir em uma palavra a minha personalidade. Pediram para eu tirar a camiseta e desfilar ate determinado ponto na sala. Após todas essa dissecação, pediram para eu voltar vestir a camiseta e logo após tiraram uma foto polaróide para melhor identificar os candidatos. Apartir daí fui informado que essa equipe entraria em contato assim que terminassem todo o processo de casting.

E assim terminou mais um das dezenas de castings que participei. Na maioria das vezes os castings são programados, com data e horário marcado. Agora, o mais difícil mesmo é ter disponibilidade de tempo. Alem disso, tem que se ter muita persistência e dedicação porque nessas semanas de moda que surgem pelo país a fora, como a do Capital Fashion Week que acontecerá de 17 a 20 deste mês, pode-se passar o dia inteiro num casting ou seja, se tiver trabalhando é bom pedir logo um dia inteiro de folga pro chefe.

E como se não isso fosse o bastante, ainda tem-se um cachê muito baixo para tanto sacrifício. Estou me referindo ao mercado de Brasília, claro. Para se ter uma idéia, se for selecionado para uma sessão de fotos que duram muito tempo (quatro, sete, oito... e por aí vai) pode-se faturar (modelos masculinos) uns 60, 70 reais e isso muito depois de alguns dias (eu diria até meses) depois que se fez todo o trabalho de fotos. Então, posso afirmar também, não é nem um pouco seguro contar com essa graninha aí mensal. Estou excluindo aí os trabalhos que não são remunerados, que acontece em boa parte dos trabalhos feitos com modelos, principalmente para os considerados “new faces” (modelos que estão começando no mundo da moda).

O mercado de Brasília tem crescido muito ultimamente, várias agências arregaçaram as mangas e hoje fazem um trabalho com afinco para construírem a moda aqui na capital. Não é mil maravilhas, mas já melhorou muito! A cultura de moda está sendo criada, por exemplo, muitas lojas, aqui da capital mal tem assessoria de imprensa para fazerem um trabalho de divulgação com os produtores de moda que tem se desdobrado para convencerem os lojistas que a utilização de suas roupas em fotos traria benefícios aos lojistas.

Quem estiver realmente interessado, deve estar disponível realmente cem por cento nesse mundo da moda, que como em qualquer outro ramo, exige bastante do interessado. Inclusive o de estar preparado a receber vários “NÃO” nos castings em que participa, sem falar das críticas que ouvimos. Acho até que as meninas escutam mais que nós, do tipo, as pernas são longas demais, precisa emagrecer...e por aí vai. E ouvir um NÃO realmente é coisa comum e que pode desanimar qualquer um sem muitas pretensões de seguir essa carreira, sem falar na possibilidade disso ir gerando ou aumentando uma baixa estima terrível.

Mas diante disso tudo acho que o segredo é ir confiando em sí próprio, ir tentando aqui e acolá e sempre descobrindo as nossas próprias limitações. Existe mercado para todo o tipo de perfil, novos, velhos, altos, magros, fortes, baixos, o importante é não desanimar porque hoje eu também posso garantir que em Brasília existe um bom mercado de moda, a pesar de todos os percalços.

terça-feira, 2 de setembro de 2008


Lo mejor de la musica latina



Algo que me fascina é a cultura hispânica e a música então, nem se fala! Engraçado que nem sempre fui assim, antes me sentia arredio ao sons originarios de nosso continente latino-americano, por quê? Por puro desconhecimento, preconceito bobo mesmo de que de nada tem serventia. Mas como isso já passou, hoje só posso dizer que tenho encontrado boas descobertas quando o assunto é música latina.

Alguns dias atrás estava numa roda de amigos conversando sobre esse assunto e alguém falou de longe que desconhecia cantores latinos (especificamente os de língua espanhola). O que pode ser uma surpresa, é a coisa mais comum de se ouvir. Então, eu aproveitei meus conhecimentos sobre o assunto e citei entre tantos, Julieta Venegas.

Essa meia Californiana/EUA e meia mexicana, Julieta Venegas mostra músicas que nos remete ao pop/rock norte-americano com muita dose folclórica do México. O que pode parecer estranho traz novidade aos ouvidos, algo que outra pop star aqui da região faz muito bem também, estou me referindo à Shakira, claro.

Comecei conhecer Julieta pelo seu terceiro disco chamado Si de 2003, que lhe garantiu inclusive o Grammy latino de rock. Foram nesses CDs que ouvia sem parar “Lento”, “Andar conmigo” e “Algo esta cambiando”.

Depois disso, fui consumindo tudo que encontrava de Julieta, até esperar novo lançamento que veio só em 2006 com “Limon y Sal”. Esse cd trouxe novos hits como “Me Voy”, “Eres Para mi”, “ Limon y Sal”.

E agora em 2008, Julieta aparece com o acústico de todas essas músicas. É delicioso ouvir esse cd, sem falar que é um prato cheio para aqueles que não conhecem o trabalho da cantora. Tem vários elementos típicos como o arcodeon, além de piano, violão de corda e muita percussão.

Mas de toda as músicas nada se compra a ótima “Ilusión” que teve participação da nossa Marisa Monte. É estonteante, fantástica, simplesmente linda. Daí quando estamos nesse estado de transe sonoro aparece “Me voy” para fechar com chave de ouro essa obra deixando qualquer ouvinte com a sensação de quero mais.

Aos desavisados então, aqui vai um aviso: Julieta é uma pequena parte de uma rica cultura latino-americana que está pulsando como nunca e que sem dúvida nenhuma merece todo o crédito e elogios que se possa fazer.