quinta-feira, 29 de maio de 2008

Pessoas hiperlink



Sabe quando a gente conversa com alguém e no decorrer do bate papo temos a impressão de estar no meio de um salão de dança em que se tenta e tenta, mas não conseguimos acompanhar o ritmo da música?! Parece que a música está mais acelerada que nossa própria capacidade de acompanhá-la. É uma das sensações mais deslocada que podemos sentir. Pois é, tem acontecido muito comigo ultimamente e o nome do que causa isso eu chamo de “hiperlink”.


Calma, calma, calma! Vou explicar primeiro o que vem a ser hiperlink que é uma palavra inglesa muito utilizada na área de informática, diz respeito à ligação de uma coisa à outra nas páginas de internet. O hiperlink é utilizado nas páginas da internet em que aparecem palavras ou figuras em destaque, podendo-se clicar nelas e navegar pelos serviços e servidores da rede. Daí o motivo de passarmos horas e horas clicando em hiperlinks porque um assunto puxa outro, e outro e outro....Pois é exatamente aqui onde quero chegar.


Tenho reclamado com minha preciosa irmãzinha lá em casa que ela é um hiperlink ambulante, porque fala pelos cotovelos e quando se empolga então... não é bom nem relatar, porque qualquer um que vê a cena poderia ficar com pena de mim na hora! Toda a conversa pode começar com qualquer pequeno e mínimo detalhe e quando se vê tem-se um emaranhado de conversa extremamente complicada de se acompanhar.


Ah, eu não sou lento para acompanhar as idéias dos outros (para que fique claro!) é porque o uso disto é de dar nos nervos! Outra coisa, não é exclusividade de minha querida “sis”, em especial são mulheres, confesso. Elas falam mais que os homens, está comprovado! Mas, também, pode ser seu chefe (o meu em especial), os colegas de trabalho, nossos grandes e melhores amigos, parentes, o namorado (a), o marido/esposa e até a secretária eletrônica dos serviços de reclamações ou sugestões que utilizamos por aí.


Estas secretárias eletrônicas são mestres disso, quem nunca se deparou com a gravação em que ela explica tanto que você acaba não entendendo o que foi dito no início ou pior, a gente esquece completamente qual o número que deverá ser apertado na tecla do telefone. Daí, quando isso acontece, temos que escutar tudo de novo. Isso realmente vira um martírio!


Em geral, ter assunto para conversar sempre é bom, remete à idéia de que estamos bem informados, temos conteúdo. Mas conversar demais chega a ser extremamente constrangedor, chato, cansativo e desestimulante, principalmente quando isso aparecer em situações em que estamos conhecendo alguém, seja na paquera ou até mesmo para uma futura amizade.


Então é isso, na próxima conversa que você tiver com alguém e se sentir num verdadeiro forró e seus lindos pezinhos não conseguir acompanhar a dança, peça urgente o e-mail da pessoa para que você possa encaminhar este texto ou passe imediatamente o endereço do meu blog. Vale à pena rirmos de nós mesmos ou pelo menos podemos tentar!


Ah, “sis”, eu te amo tá? bju :-)

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Quando as crítcas ruins surgem...




- Hey Fernando, tudo bom? – disse eu , sorrindo, cumprimento um conhecido em um happy hour com amigos no ultimo final de semana.

- tudo ótimo, e você? – ele me responde com certa cara de que não se lembra de mim. Aproveitou e também pergunta meu nome...

- Mauro, respondi.

- Ah, claro! Nossa, quanto tempo, hein? Você sumiu o que aconteceu? Muito trabalho? Você está com uma cara meio cansada... emagreceu?

Pronto, bastou isso para eu ir ver o que estava acontecendo comigo, e me sentir bem deslocado no meio do grupo. Alguma coisa estranha no meu rosto ou roupa, será?! Na verdade, é realmente estranho rever pessoas que conhecemos e não o vimos há meses e partir para um comentário desse tipo.

Mas o que me espanta mesmo é como damos tanto crédito às críticas ruins a ponto de esquecemos das boas. Não precisa de muito, às vezes uma cara de espanto, um vizinho que comentou que não sou muito amigável, ou um ex namorado(a) que falou muito mais que aquela velha frase :“estamos em momentos diferentes” e parte para adjetivos e sinônimos que jamais pensamos poder ser remetidos a nós mesmos (tais como: mimado, egoísta, possessivo...e por aí vai).

Mas voltando à conversa com Fernando... Acho que me saí bem, respirei fundo e disse: - não, imagina! Estou bem, trabalhando, malhando muito e saindo pouco. Estou numa fase bem saudável! Depois que ouvi seus sórdidos comentários percebi que esse nobre amigo passava por situações pessoais nada agradáveis e que momento antes teve uma discussão com a namorada.

Fernando realmente não é uma pessoa que possui hábitos saudáveis. Tem 33 anos, pai de uma linda menina de 5 anos, trabalha que nem louco, fuma um absurdo e, ultimamente, tem ido pouco à academia apesar de ter contratado seu personal trainner. O que acontece com ele é exatamente o que vimos muito por aí: alguém que não está satisfeito com sua rotina diária e se vê incomodado com os bons resultados dos outros e lhe tasca uma crítica. Ah, aqui estou eu alfinetando Fernando no meu Blog! Foi mal, mas que isso acontece, acontece!

Receber críticas ruins faz parte da vida, às vezes, até procuramos recebê-las em vez das boas, eu sou mestre em fazer isso. Parece que não me dou por satisfeito quando alguém elogia meu trabalho, meu texto, ou qualquer outra coisa, fico me perguntando se tudo não passou de um blefe, se sou um blefe....Ai jesussss...que doidera! Mas as críticas ruins quando surgem nos fazem perceber que qualquer que seja e de onde ela venha, o que vai importar é como vemos nós mesmos, quais as críticas que realmente importam se só as boas ou as ruins ou a junção das duas. É nisto que trabalho diariamente.


terça-feira, 27 de maio de 2008


Fernando Meirelles, José Saramago e Blindness


Encontrei o texto abaixo do cineasta Fernando Meirelles, publicado pelo Blog Ilustrada no Cinema e não resisti em publicá-lo aqui também.

Nele, Meirelles descreve como foi apresentar o filme ao autor do livro "Ensaios sobre Cegueira", José Saramago. Vale a pena dar uma lida.


Por Fernando Meirelles

Depois de uma semana que pareceu uma verdadeira montanha russa emocional, saí de Cannes no sábado e fui para Lisboa mostrar o filme “Ensaio sobre a Cegueira” para o autor da história, José Saramago.

Por meses, antecipei o quanto a sessão me deixaria ansioso _e não estava errado.

Infelizmente, o cine São Jorge, que nos foi reservado, não tinha projeção digital, então foi improvisado um sistema para passarmos nossa fita. Pensei em desistir de mostrar o filme ao ver um teste da projeção, mas o escritor já estava na sala de espera e, em respeito ao compromisso, achei melhor ir em frente.

Sentei-me ao seu lado, expliquei aos poucos amigos presentes que só havia legendas em francês e começamos a ver o filme. Sofri cada vez que uma imagem não aparecia ou que uma música mal soava. Ele assistiu ao filme todo mudo e sem reação nenhuma.

Ao final da sessão, quando os créditos começaram a subir, sua mulher, Pilar, debruçou-se sobre Saramago e me agradeceu, emocionada. Silêncio ao meu lado. Antes de terminar os créditos principais, as luzes do cinema foram acesas, eu ousei olhar para o lado e vi que ele fitava a tela sem reação, como se estivesse interessado no nome dos assistentes de cenografia que passavam.

Deu tudo errado, pensei. Toquei seu braço levemente e lhe falei que ele não precisava comentar nada naquele momento, mas, então, com uma voz embargada, ele me disse, pausadamente: “Fernando, eu me sinto tão feliz hoje, ao terminar de ver este filme, como quando acabei de escrever ‘O Ensaio sobre a Cegueira’”.

Apenas agradeci e ficamos ali quietos. Dois marmanjos segurando as próprias lágrimas em silêncio. Ele passou a mão nos olhos, disfarçando a sua.
Pensei no meu pai. Emoção sólida, dessas que se pode cortar em fatias com uma faca. Num impulso, beijei sua testa. Na conversa e no jantar que se seguiram, ele disse que não considera o filme um espelho de seu trabalho e que nem poderia ser assim, pois cada pessoa tem uma sensibilidade diferente.

Disse ter gostado da experiência de ver algo que conhecia, mas que, ao mesmo tempo, não conhecia. Falou que o filme não era perfeito, mas que nunca havia assistido a um filme perfeito. Comentou algumas imagens que o emocionaram especialmente e disse ter achado o nosso Cão das Lágrimas muito doce; preferia que fosse mais agressivo.

Quando lhe contei sobre as críticas favoráveis e contrárias ao filme em Cannes, incluindo a da Folha, ele imediatamente lembrou e recontou aquela historinha do velho que vem puxando um burro montado por uma criança.

Um passante vê aquilo e acha absurdo a criança estar montada enquanto um velho caminha, então eles invertem a posição. Outro passante cruza com o grupo e reclama da situação: “Como um adulto deixa uma criança a pé enquanto vai confortavelmente montado?”. Então, os dois montam no burro, mas alguém acha aquilo uma crueldade com um animal tão pequeno.

Finalmente, resolvem ambos carregar o burro nas costas, até que outro passante observa como são estúpidos por carregar o animal. E, enfim, o velho decide voltar para a primeira situação e parar de dar importância ao que dizem.

“É isso que faço sempre”, concluiu o escritor.

Acabo de deixar José Saramago e sua mulher no Ministério da Cultura de Portugal, onde está sendo exibida uma retrospectiva de seu trabalho e sua vida.

Houve uma pequena coletiva de imprensa ali, depois de visitarmos juntos a exposição. Meu filminho de menos de duas horas me pareceu muito insignificante ao ser colocado ao lado daquela obra de uma vida inteira.



segunda-feira, 26 de maio de 2008


Dicas de como entender um brasiliense


Quando o assunto é turismo, Brasília está entre os top 10 dos lugares mais interessantes para se conhecer, sua arquitetura realmente é o centro das atenções. E para os desavisados aqui vai um desabafo de um brasiliense: o que sobra de prédios suntuosos e avenidas largas falta de pessoas receptivas.

Sair para se divertir pode não ser tão interessante quando alguém estiver incluindo seus habitantes como fator determinante. Com poucas exceções, infelizmente, os brasilienses, não se mostram tão receptivos logo de início, como nos grandes eixos Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. E isto eu não compartilho sozinho, tenho parentes, amigos, colegas de trabalho que reclamam do mesmo: brasilienses sabem ser acolhedores com tanta moderação que chega a serem frios.

Não estou dizendo que inexiste cordialidade ou outro sinônimo do tipo, bem... isto até existe, mas se alguém for tentar criar alguma aproximação é bom ir de leve ou poderá ser considerado o chato do ano, aquele que força amizade. Para entender melhor esse estilo onde em muitas cidades chamam de “carão” é preciso ter muita paciência, levar muita coisa na brincadeira e não se empolgar caso você seja alvo de olhares insistentes (se isso acontecer, não se preocupe, é algo bom, porque você foi notado, mas não significa dizer que tem o sinal verde para avançar).

Quero deixar claro que hoje eu não acordei revoltado com todos aqui, ok?! Mas este post serve mais como dica para se entender melhor um brasiliense, caso alguém considere que valha a pena. Opss...fui ferrenho agora, vou mudar a afirmativa, caso alguém queira criar e aprofundar os laços com um brasiliense. Heheh

Queria muito de entender a origem desse tipo de comportamento porque aqui temos a mistura de todo o país o que poderia provocar inversamente o contrário. Mas há quem diga que o formato da cidade e o alto poder aquisitivo dos moradores causam impacto significativo nas relações interpessoais. Trocando em miúdos somos criaturas no meio do cerrado um tanto, eu diria, indiferentes, mas ainda assim, extremamente interessantes quando o assunto é conhecer pessoas interessantes.

Pois bem, aos que vieram e não tiveram a chance de ler este aviso e aos que planejam conhecer, aqui vai outra dica valiosa: essa frieza é passageira é só uma primeira e curta impressão que passa rapidamente, mas que acaba gerando experiências únicas de relacionamentos duradouros.



sábado, 24 de maio de 2008


musica: Alanis e o "Flavors of Entanglement"




Estamos no meio do ano e está bombando de novidades na música. Novos e bons cantores surgiram e outros nao tão novos reapareceram, como é o caso de Alanis Morissette que lança oficialmente se novo cd chamado Flavors of Entanglement no dia 10 de junho.


Ouvi "Flavors..." e confesso que não me empolgou como em seu cds anteriores. Algumas músicas relembram Alanis de outrora - Underneath, por exemplo - o que é agradável ouvir o som roqueiro/pop que sua foi marca registrada por anos só que desta vez sem a intensidade de músicas como Ironic e You Learn do album Jagged Little Pill. Neste novo album, ela se propõe a fazer uma mistura bem orgânica de sons, thecno e até mesmo um estilo de dancefloor. Se ela acerta? bem, digamos que sim, mas sem empolgação.






Como Alanis mesma já falou em entrevistas, o cd é uma fusão de tudo que ela gosta ou tem ouvido, inclusive, quando se refere às letras das canções nas quais coloca suas experiencias, além de parafrasear Ghandi no qual fala sobre o comportamento humano e sua desconstrução.

O que não me deixou muito convencido foi o estilo "Avril Lavigne" nas musicas mais lentas, baladinhas que com certeza são produtos pops bem redondos! Um exemplo seria a "Tapes" em que isto fica bem claro. Mas de modo geral o que salva mesmo o disco é que dele podem sair músicas que comporão trilhas sonoras daquele tipo de filme que prima pela comédia romântica.


Senti muita falta da voz rasgada de roqueira que ela faz tão bem e que parece que se perdeu com a necessidade de simplesmente vender mais um disco pop.

Assista ao videoclip Underneath, clicando aqui.


terça-feira, 20 de maio de 2008



- porque vale a pena blogar, ops, escrever! -


Ainda estou aprendendo as artimanhas dessa ferramenta excepcional que é o Blog. É bom escrever, deixar disponível meus textos na internet , me sinto empolgado porque escrevo o que vivencio. Ultimamente tenho escrito muito sobre música e programas de TV porque é bom divulgar ou refletir o que vemos e somos instigados a entender o que tem acontecido nessa “fantástica máquina” que traz o mundo para dentro de casa, mas não é só disso de que me importo. Com a idade avançando... (isso soou velho?) estou analisando mais tudo que me rodeia, prestando mais atenção às atitudes de pessoas que me cercam, tentando aprofundar os vínculos que criei, sejam eles com quem ou o que for.

E realmente sou uma mistura mesmo do que a séries de TV mostram, música, dos livros e revistas que leio e das estações de rádio e podcast que escuto. É meu passatempo predileto manter-me informado, estar em busca de novidades e notícias e tenho certeza de isso não é apenas uma fase, faz parte de mim por anos. Mas por que mesmo estou escrevendo isso? É, porque é terapêutico, me faz bem. Além do mais, muitos que poderão ler meus textos, é uma forma de me conhecerem.

Meus amigos me conhecem, pelo menos acho que me conhecem...heheh. Sabem que sou o mix maluco de risos e choros, decidido e às vezes muito indeciso, sentimental e altamente cheio de razões, até mesmo um cara de pau sem medir esforços, sem falar que não tenho a mínima noção de espaço. Mas acho que por enquanto vou deixar ainda incompletas, os amigos completem.

É bom falar de amigos porque são os primeiros que torcem por nós pra não ficarmos solteiros e também são os primeiros a dizerem que não gostou de nossa (o) nova(o) namorada(o). Eles são uma definição completamente estranha porque estão atrelados a uma cumplicidade e identidade de nós mesmos que nos aproxima e permite antes de tudo ser o resultado de nosso sucesso e conquistas.

Como tudo na vida tenho aprendido que compartilhar, dividir, somar é o motivo propulsor de meu aperfeiçoamento como ser humano. E tenho percebido que fica realmente menos difícil encarar as adversidades quando estamos ao lado de pessoas que são parte de nossa identidade e nos faz sermos conquistadores e desbravadores de nós mesmos, os amigos. Mas ainda resta falar que isso tudo que escrevi não é o reflexo da minha busca pelas novidades que vejo na TV ou revista ou qualquer outra coisa, pelo contrário, não é isso que molda meus interesses ou relacionamentos, mas o contrário. Minhas ricas ações e relações é que ditam o que será exibido ou divulgado mundo a fora. É por isso que vale a pena escrever!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

TV: O que será notícia na semana




A semana está começando e no quesito tv promete uma programação intensa. Termina na quinta-feira a edição número 7 do American Idol (Canal Fox EUA) e também (nesta mesma quinta), teremos o ultimo episódio da 4º temporada de Lost (Canal ABC) que promete ser explosiva e com duas horas de duração. Além disso, acontecerá os finais de temporada de Ugly Betty, Grey's Anatomy, Desperate Housewives que serão exibidos pela rede ABC nos Estados Unidos.

Vou me ater apenas aos dois primeiros programas. Para quem não está acompanhando American Idol, o programa de tv tem revelado jovens com gogó pra lá de afinados. A final será disputada por dois tipos bem distintos, o roqueiro versus o pop romântico, ambos tem em comum apenas o nome "David", (David Lee Cook, 25 anos -o roqueiro e David Archuleta, 17 anos -o pop romântico), o resto, em nada mais se parecem. Como eu disse, ambos são muito bons, mereceram chegar na final, mas para mim, nenhum outro tem tamanho destaque quanto a David Lee Cook, este, definitivamente será o vencedor. Desde que o vi e ouvi cantando Billie Jean de Michael Jackson, ficou evidente que o jovem Lee Cook veio pra ser "idol'. Nessa música ele transformou as batitas funk/soul da música em rock melódico e de apelo forte, quem a escuta percebe como é intensa e como a melodia fala mais diretamente aos sentidos.

Quanto ao quebra-cabeça de Lost, o penúltimo episódio, que só deve ir ao ar aqui no Brasil em junho ou julho, anunciou uma batalha explosiva entre os que querem destruir a ilha à procura de Benjamin Linus e seus moradores. Com o nome de "Não existe lugar como em Casa - parte 2" (seria também trocadilho com o tema de Alice no Pais das Maravilhas? já que a série já fez tantas referências...), o episódio mostrará como se dará o embate, a explicação dos Ocean six (o porquê de apenas seis pessoas conseguiram sair da ilha) e se realmente irá acontecer o que o espírito de pai de Jack anunciou: mover a ilha.

Já deu para perceber que é diversão garantida e eu não vou perder!




sexta-feira, 16 de maio de 2008

Cultura: Cannes 2008 - e o tapete foi aberto...



Nesta ultima quarta-feira (16 de maio), o mais badalado evento de cinema em que apresenta diretores anônimos à badalação da industria cinematográfica mundial, começou. Cannes realmente se tornou isto, ainda bem!



Fernando Meirelles que apareceu timidamente em ano anterior com o seu "Cidade de Deus", hoje já é celebridade pelo mundo a fora. Seu novo filme baseado do livro de José Saramargo, Ensaio sobre Cegueira, que na adaptação para o cinema virou "Blidness" abriu o festival concorrendo ao grande prêmio.




Blidness é um nome forte, é curto, facil de ser vendido pelas empresas de cinema. E não por menos, a imprensa mundial tem feito criticas consideravelmente boas a favor dessa película. Para citar alguns, o americano “Hollywood Reporter” elogia a versão de Meirelles e a descreve como “uma fábula cruel, política e cerebral”. o jornal inglês “The Guardian”, classifica o trabalho de Fernando Meirelles como “ousado e magistral”. “O cineasta pegou o romance apocalíptico de Saramago e transformou em um suspense cheio de ritmo, que desafia e arrepia”.


E não pára por aí, além disso, tem um elenco internacional, a brasileirissima Alice Braga, o ótimo Gael Garcia Bernal e a excelente Juliane Moore, desta vez loira no filme, só pelo trailler, já deu pra perceber que faz um trabalho magistral como a esposa de um médico no filme e a única imune ao virus da cegueira.


Blidness só será lançado oficialmente em meados de agosto e no Brasil, possivelmente depois disso. O que dizem por aí é que é um filme de sentidos, um prato cheio para críticos e pouco atrativo para o publico pop. Sendo isso ou não, só sei que não vejo a hora de vê-lo na tela grande. Agora é esperar...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

UGLY BETTY: porque em inglês é mais feia ainda!


Pense numa série que faz você rir dos exageros, e pense ainda em uma série que constrói seu roteiro em todos os clichês possíveis que existe nesse mundo sem ficar chato. Pois é, isso tudo tem Ugly Betty, que para mim, é a melhor série cômica na atualiade.

Como o próprio nome diz, a série é baseada na novela venezuelana de sucesso "Yo soy Betty la fea". E que já foi exibido aqui no Brasil por várias vezes pelo SBT. E para os desavisados, a historia de Uggly Betty conta o dia a dia de Betty Suarez (America Ferrara), uma secretária eficiente e feia para os padrões da revista Mode na qual faz parte. No trabalho, ela tem que lidar com as lindas e magérrimas modelos que circulam por lá e com o patrão mulherengo, Daniel Meade, que é o filho do dono da revista. Embora pareça que Betty e Daniel vão falhar nos seus papéis devido à sua falta de experiência na indústria da moda, ambos vão descobrindo aos poucos que sabem como trabalhar até chegar ao topo. Betty na verdade é o centro das atenções na série, mas todos brilham. Tem a sua irmã Hilda (Ana Ortiz) que vende produtos Herbalux, e atualmente tenta ser cabeleireira. Ela é mãe de Justin (Mark Indelicato) que adora o mundo da moda e não mede esforços para demonstrar toda a sua delicadeza, com rodopios e gestos femininos. Além deles, temos a vilã Wilhelmina que faz de tudo para ser a diretora da Mode, a Amanda, uma secretária para lá de interesseira que nos faz rir aos montes e, ainda, Marc, assitente e braço direito de Wilhelmina, outro que faz de tudo para ajudar a chefe em sua empreitada como Diretora da Meade.

Desde 2006, Ugly Betty tem ganhado vários prêmios como o Globo de Ouro e o Gremmy (o oscar da Tv americana). Não é por menos que neste ano, por tratar de assuntos sobre a homossexualidade, também ganhou prêmio como melhor série cômica.

Ugly Betty, realmente é um mix de tudo, cada episódio é uma aventura única, tudo acontece ao mesmo tempo, e tudo nos faz rir. Quem estiver sem direção quando quiser assistir a uma boa comédia escrachada, esta, com certeza poderá ser a primeira opção.