Sou editável
Esses últimos dias eu estava lembrando da minha infância, não sou bom de datas, não sei exatamente qual poderia ser minha idade quando pensei nessa fase, tudo na minha cabeça vira um mix, então, pulando a parte da idade na minha infância... eu lembrei muito bem que fui educado com: não fale isso! Não diga aquilo! Olha a boca suja menino! Hahaha
Mas o mais engraçado disso tudo é que percebi que não é de hoje que tenho sido uma pessoa editável. Opssss...editável? pois é, isso mesmo! Editar algo é que nos permite fazer modificações, alterar e até mesmo não deixar ser publicado. Então, deixando minha meninice de lado (apesar de ter muito dela ainda), quando a gente cresce temos o domínio total do que pode ser editável e as regras de falar “isso” ou “aquilo” passa a ser construídas por nós mesmos.
Eu me vejo a todo o momento em situações editáveis, as minhas escolhas fazem toda a diferença nessa hora. Agora vou ser agora mais específico... Estive assistindo ao filme Sex and the City neste ultimo final de semana, em uma determinada parte, Miranda diz em alto e em bom som para alguém que está prestes a se casar que o casamento estraga tudo! A partir daí, o noivo, volta atrás e acaba não casando. Pior, Miranda só resolve contar o ocorrido à protagonista, Carrie, após longos cinco meses em que ela passa se sentindo culpada pelo ocorrido. A cena realmente é de destaque no filme. Duas amigas, conversando em um restaurante, ambas com problemas amorosos e com muita coisa editada (não dita), o que gerou, depois, a elas, uma separação por semanas!
Do filme à realidade, tenho aprendido que apesar da influência que tive na minha infância, tenho total e plena capacidade de tentar produzir boas escolhas, de tentar acertar nos momentos realmente necessários que devem ser editáveis (não ser grosseiro com as pessoas, por exemplo) e ser o mais fiel e sincero com as pessoas que me cercam. Mais do que tudo acredito também que sou um pouco do que leio, do que estudo, do que vejo, do que escuto, do que penso e do que digo.
Essa mistura toda chega a ser complicada porque às vezes sinto mais necessidade de me calar (que também é uma forma de edição) do que colocá-la em prática. Acho que isso acaba se tornando mais fácil porque achamos que estamos fazendo a coisa certa, estamos privando outra pessoa de sofrer, de ficar triste...essas coisas. Pior que isso, no entanto, é não ser sincero, esconder verdades que precisam ser ditas. Então a regra, para aqueles que acham necessário, é não ter regra. Tenho percebido, então, que estar sensível às pessoas que nos cercam é a melhor atitude que se possa ter e, por experiência própria, isso só tem me ajudado a construir relacionamentos verdadeiros.
Um comentário:
Venho por meio desta comunicar a Vossa Senhoria que a partir deste momento estarei tirando meu blog do ar. Visto que por motivo de percepção do que se passa "no mundo do blog" sentimo-nos indignos e imcapazes de competir com textos tão valiosos que andam circulando por estas paragens. Assim sendo ou Vossa Senhoria diminui a qualidade de Vossa escrita ou saio desta brincadeira.
beijão
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