cultura : Já se passaram 80 anos...e o Oscar ainda é referência? Com a proximidade da premiação do Oscar em sua 80º festa que acontecerá próximo domingo dia 24/03, estive me perguntando da real importância do Oscar em meio a tantos outros prêmios que despontam mundo à fora, premiando os melhores do cinema mundial.
O Oscar, esse senhor áureo já passou por uma fase de muito mais glamour que agora. Nasceu sim, como referência de premiação do cinema mundial com toda a idéia de ajudar no desenvolvimento das artes e da ciências cinematográficas, mas que com o tempo, o valor dado à "indústria" acabou sobrepujando esse objetivo.
Estou me referindo à "industria" as grandes produtoras/companhias de cinema como a Warner Bros, 20 Century Fox, Focus Features, LionsGate, Paramount Pictures, Universal Pictures, entre outras, porque o cinema feito nos Eua é um cinema de indústria, e não estou sendo criativo ao afirmar isso, porque isto é fato.
Quando esta Academia de cinema se reúne, seus membros votantes (atores, diretores artísticos, fotógrafos, músicos, roteiristas etc) tem o interesse apenas de fortalecer seu próprio cinema, sua própria arte, ou melhor, sua própria indústria. Falar de Oscar é hoje é afirmar que iremos assistir a uma premiação em que "os fracos não tem vez" e sem Javier Bardem, é não ter um meio de "Reparação" embora permaneça o "Desejo" de que o cinema seja mais universal não apenas pelos temas tratados em seus roteiros.
Pra mim, e isso é uma boa notícia o que vou afirmar, é que em contrapartida tem surgido ou melhor, tem sido fortalecido outras grandes premiações pelo mundo à fora valorizando o cinema que possui abordagem independente, sem àquele jugo feito por grandes estúdios, que valoriza os que tem construído idéias que realmente priorizam a arte, cultura, antes de tudo,e o aprimoramento e esclarecimento de um povo.
Neste domingo estarei em frente à tv assistindo essa premiação, mas feliz da vida por ter visto dias antes o Brasil sendo reconhecido no festival alemão ganhando o principal prêmio, o urso de ouro, por ter levado um filme que é um soco no estômago, um tapa na cara, um manifesto da cultura pop brasileira, recebendo o prêmio máximo do festival.
E aí, então quem precisa mesmo de Oscar, hein?
